A ideia por trás dos recentes bloqueios de caminhões e manifestantes , nas estradas do Brasil, era, além de protestar pela eleição do "descondenado" Lula, criar o caos necessário, durante setenta duas horas e invocar o Art. 142, que autoriza a intervenção das FFAA e o estado de exceção. Essa também era a intenção do presidente derrotado, Jair Bolsonaro. Judicializar as eleições e revertê-las, com o apoio das Forças Armadas. Porém, nem o Exército, nem, provavelmente, a Aeronáutica, tem tal intenção.
Na verdade, as Forças Armadas sempre prezaram por defender a "situação", o status quo e a constitucionalidade. As vezes em que virou a mesa e interveio, foi quando as regras, o pacto nacional, ou algo que o valha, foi quebrado ou estava em vias de. Foi assim, em 1930. Foi assim em 1964. Em 1930, lideranças da oligarquia paulista romperam a aliança com os mineiros, conhecida como "política do café com leite", e indicaram o paulista Júlio Prestes como candidato à presidência da República. Em 1964, a alegada subversão e a ameaça de uma ditadura comunista, foi o pretexto.
Portanto, Seria necessário, para uma nova intervenção, provas claras de subversão da ordem vigente (democracia liberal), seja através da esquerda ou de certas camadas populares.
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