Proclamação da República - ORDEM NACIONAL - REVISTA - As grandes questões do Brasil

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11/16/22

Proclamação da República

Proclamação da República



O Império já era um regime capenga: Pedro I, com menos de dez anos de governo, deixou o cargo e o Brasil para ir lutar e proteger sua filha, Maria II, no trono de Portugal. Não à toa, seu coração foi enterrado em Portugal. Aqui, ficou só um corpo, sem coração.
Além disso, o Império já trazia em si o germe do liberalismo político, social e econômico, bem como o do republicanismo. O regente, José Bonifácio, saudado como o verdadeiro construtor do Brasil imperial, era um liberal e maçom. Pedro II assume, tutelado pelos liberais e maçons. Apesar de popular entre as camadas mais humildes do povo, hábil no manejo do parlamento e vitorioso nas campanhas militares, Pedro II e sua família, vão ganhando inimigos, em um Brasil em convulsão. Os escravagistas, insatisfeitos com abolição dos escravos, assinada pela Princesa Isabel. A Igreja, insatisfeita com a posição de Pedro II na questão religiosa, que dava a parecer que o imperador tinha tomado partido da maçonaria. Esses fatos, juntamente com a falta de herdeiros do sexo masculino e o natural cansaço com os incessantes caprichos das oligarquias, eram a realidade de Pedro II, no fim do Império. Nesse contexto, os militares, dão o golpe da República. A família real retira-se, de volta ao mar e à Europa, de origem.
O republicanismo, o positivismo de Comte, o  americanismo e, igualmente, a maçonaria, formam o aparato ideológico dos militares republicanos, que proclamam, em 15 de novembro de 1889, a República dos Estados Unidos do Brasil!
O que vemos a seguir, no século vinte e vinte um, é uma sequência, de mais de  trinta presidentes (caso tivéssemos continuado com a monarquia, teríamos tido, desde Pedro II, apenas quatro governantes), crises, golpes militares, ditaduras, entreguismo, patrimonialismo e corrupção generalizados, com poucos momentos de estabilidade institucional ou econômica.
Há muito pouco a comemorar e muito mais a lamentar com a chamada Proclamação da República, uma ideia, à época, pouco popular e até mesmo combatida pela população de ex-escravos que, com o fim da monarquia, temiam o cancelamento da Lei Áurea. De certa forma, tinham razão.

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